Budapeste
Poesias Autorais

Budapeste

Estava chovendo.
Eu vi você no meio da multidão.
Com um guarda chuva transparente.
Sem cor como a minha alma.
Mas nas suas mãos ele brilhava.
Como se o dia estivesse ensolarado.

Mas o céu estava caindo. Como naquela
viagem que a gente fez para Budapeste.
Você provavelmente não se lembra.
Se lembrasse, não desviaria os olhos ao me ver.

Dói te ver assim, tão perto e tão longe de mim.
Eu queria acordar desse pesadelo e te ver.
Não como agora, mas como a gente costumava ser.

Mas o céu estava caindo, e com ele, Marte e Júpiter.
Plutão, não.
Plutão era uma melodia nos meus ouvidos.
Um final clássico para o meu coração desesperado.

Um projetor no céu mostrava nós dois dançando.
Plutão, tocando em nossos ouvidos.
Como naquela viagem que a gente fez para Budapeste.
Eu adorava ver você sorrindo.
Mas eu vi você no meio da multidão.
Me olhando como se eu fosse um desconhecido.

Clique aqui para ler mais uma poesia. ♥

Foto de Felipe Pick Costa

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