Em Fahrenheit 451, Guy Montag é um bombeiro. Sua profissão é atear fogo nos livros. Em um mundo onde as pessoas vivem em função das telas e a literatura está ameaçada de extinção, os livros são objetos proibidos, e seus portadores são considerados criminosos. Montag nunca questionou seu trabalho; vive uma vida comum, cumpre o expediente e retorna ao final do dia para sua esposa e para a rotina do lar. Até que conhece Clarisse, uma jovem de comportamento suspeito, cheia de imaginação e boas histórias. Quando sua esposa entra em colapso mental e Clarisse desaparece, a vida de Montag não poderá mais ser a mesma.
Um clássico da ficção científica e da literatura distópica, Fahrenheit 451 foi escrito originalmente como um conto: “O bombeiro”, contido no volume Prazer em Queimar: histórias de Fahrenheit 451. Incentivado pelo seu editor, transformou a ideia inicial em um romance, que se tornou um dos livros mais influentes de sua geração – e também um dos mais censurados e banidos de todos os tempos. Foi adaptado para o cinema duas vezes, a primeira pelas mãos do lendário cineasta francês François Truffaut, e depois para diversos formatos.
Escrito durante a era do macartismo – a sistemática censura à arte promovida pelo governo americano nos anos 1950 – Bradbury costumava dizer que a proibição a livros não foi o motivo central que o levou a compor a obra, e sim a percepção de que as pessoas passavam a se interessar cada vez menos pela literatura com o surgimento de novas mídias, como a televisão. Com o passar do tempo, Fahrenheit 451 ganhou muitas camadas de interpretação: a história de um burocrata que questiona a vileza do seu trabalho, o poder libertador da palavra e a estupidez da censura às artes.
As melhores frases do livro Fahrenheit 451:
“Encha os olhos de admiração, disse ele, viva como se fosse cair morto em dez segundos. Ver o mundo. É mais fantástico do que qualquer sonho feito ou pago nas fábricas.”
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“Todo mundo deve deixar algo para trás quando morre, dizia meu avô. Uma criança ou um livro ou uma pintura ou uma casa ou uma parede construída ou um par de sapatos feito. Ou um jardim plantado. Algo que sua mão tocou de alguma forma para que sua alma tenha um lugar para onde ir quando você morrer, e quando as pessoas olharem para aquela árvore ou aquela flor que você plantou, você estará lá.”
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“Não precisamos ser deixados sozinhos. Precisamos ser realmente incomodados de vez em quando. Há quanto tempo você não está realmente incomodado? Sobre algo importante, sobre algo real?”
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“Deve haver algo nos livros, algo que não podemos imaginar, para fazer uma mulher ficar em uma casa em chamas; deve haver algo lá. Você não fica por nada.”
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“Se você esconder sua ignorância, ninguém vai te bater e você nunca vai aprender.”
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“Não podemos dizer o momento exato em que a amizade é formada. Como ao encher um vaso gota a gota, há finalmente uma gota que o faz transbordar; assim, em uma série de gentilezas, há finalmente uma que faz o coração disparar.”
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“Não peça garantias. E não procure ser salvo em nenhuma coisa, pessoa, máquina ou biblioteca. Faça sua parte para salvar e, se você se afogar, pelo menos morra sabendo que estava indo para a praia.”
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“A mágica está apenas no que os livros dizem, como eles costuraram os remendos do universo em uma roupa para nós.”
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“Um livro é uma arma carregada na casa ao lado. Quem sabe quem pode ser o alvo do homem culto?”
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“Ninguém mais escuta. Não posso falar com as paredes porque estão gritando comigo, não posso falar com minha esposa; ela escuta as paredes. Só quero que alguém ouça o que tenho a dizer. E talvez, se eu falar o suficiente, faça sentido. E eu quero que você me ensine a entender o que eu leio.”
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“Vou me agarrar ao mundo com força algum dia. Eu tenho um dedo nele agora; isso é um começo.”
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“Essa é a parte boa de morrer; quando você não tem nada a perder, você corre o risco que quiser.”
Escritor: Ray Bradbury
Editora: Biblioteca Azul
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