Para onde foi todo o tempo?
Dr. Dog me pergunta e eu não sei o que responder.
Minha cabeça está girando.
As semanas estão passando muito rápido e
eu não consigo assimilar nada.
Eu tinha dez anos e estava brincando no quintal.
Eu tinha catorze anos e estava me apaixonando pela primeira vez.
Eu tinha vinte e poucos anos quando meu coração se partiu.
Hoje, com trinta anos, olhar para trás é como assistir um vídeo
muito, muito antigo.
Você está lá, vivendo, de repente a cena muda.
Não existe um aviso de que aquele momento está acabando.
Ele simplesmente se vai, como areia de praia escorrendo pelos dedos.
Você segue em frente sem se dar conta de que existe algo ficando para trás.
É um movimento tão sutil.
Você fecha os olhos.
Aquele momento se foi.
Se eu pudesse fazer um pedido, eu pediria tempo.
Ou, então, um jeito de sempre reviver os melhores momentos.
Tudo é tão importante.
Tão significativo.
Não seria legal levar conosco todas as nossas memórias?
Não seria legal rir até a barriga doer de novo e de novo
até o fim dos tempos?
Para onde foi todo o tempo?
Essa pergunta eu não consigo responder.
Não existe aviso.
Todos vocês estavam aqui comigo.
Se eu pudesse fazer um pedido…
Eu pediria tempo.
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Foto de Juan Pablo Serrano Arenas no Pexels