Em Conversas entre amigos, Frances, uma estudante de vinte e um anos que vive em Dublin, é escritora e apresenta em público suas peças de poesia com Bobbi, sua ex-namorada e melhor amiga. Ela é tímida, austera e distante; Bobbi é mais comunicativa e de fácil trato.
Quando Melissa, uma notável fotógrafa e ensaísta, se aproxima de ambas para oferecer um perfil em uma renomada revista, elas aceitam com entusiasmo. Enquanto o encanto de Bobbi por Melissa aumenta, Frances se aproxima pouco a pouco de Nick, o marido-ator não muito bem-sucedido, e a relação de poder que se estabelece entre os quatro se torna cada vez mais complexa.
Escrito com precisão e inteligência, Conversas entre amigos é um relato impressionante das paixões e perigos da juventude. Neste romance de estreia, Sally Rooney consegue conciliar vulnerabilidade e força em um mundo que não tem nada de trivial.
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As frases mais profundas do livro Conversas entre amigos:
“Gradualmente, a espera começou a parecer menos como uma espera e mais como se isso fosse simplesmente o que a vida era: as tarefas de distração realizadas enquanto a coisa pela qual você está esperando continua não acontecendo.”
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“Percebi que minha vida seria cheia de sofrimento físico mundano, e que não havia nada de especial nisso. O sofrimento não me tornaria especial, e fingir que não sofria não me tornaria especial. Falar sobre isso, ou mesmo escrever sobre isso, não transformaria o sofrimento em algo útil.”
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“Coisas e pessoas se moviam ao meu redor, assumindo posições em hierarquias obscuras, participando de sistemas que eu não conhecia e nunca conheceria. Uma rede complexa de objetos e conceitos. Você vive certas coisas antes de entendê-las. Você nem sempre pode assumir a posição analítica.”
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“Todo mundo está sempre passando por algo, não é? É a vida, basicamente. São apenas mais e mais coisas para passar.”
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“Eu era gentil com os outros? Era difícil encontrar uma resposta. Eu me preocupava que se eu tivesse uma personalidade, seria uma das cruéis. Eu só me preocupava com essa questão porque, como mulher, eu me sentia obrigada a colocar as necessidades dos outros antes das minhas? Gentileza era apenas outro termo para submissão diante de um conflito? Esse era o tipo de coisa sobre a qual eu escrevi no meu diário quando adolescente: como feminista, eu tenho o direito de não amar ninguém.”
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“Meu ego sempre foi um problema. Eu sabia que a realização intelectual era moralmente neutra na melhor das hipóteses, mas quando coisas ruins aconteciam comigo, eu me sentia melhor pensando em quão inteligente eu era.”
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“Eu era uma pessoa muito autônoma e independente, com uma vida interior que ninguém mais havia tocado ou percebido.”
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“Ele foi a primeira pessoa que conheci desde Bobbi que me fez gostar de conversar, da mesma forma irracional e sensual que eu gostava de café ou música alta.”
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“Enrolada na cama com meus braços cruzados, pensei amargamente: ele tem todo o poder e eu não tenho nenhum. Isso não era exatamente verdade, mas naquela noite ficou claro para mim pela primeira vez o quanto eu havia subestimado minha vulnerabilidade.”
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“As pessoas sempre queriam que eu mostrasse alguma fraqueza para que pudessem me tranquilizar. Isso as fazia se sentirem dignas.”
Autora: Sally Rooney
Editora: Companhia das Letras