Você, provavelmente, já assistiu Meninas Malvadas, é um clássico da sessão da tarde. O filme é conhecido principalmente por ter uma das vilãs mais icônicas do cinema, Regina George, a patricinha mais insuportável que você vai conhecer. (Depois, é claro, das que você já conhece na vida real). O filme conta a história de Cady Heron, uma adolescente que foi educada na África pelos seus pais cientistas. Quando sua família se muda para o subúrbio, nos Estados Unidos, Cady começa a frequentar a escola pública e recebe uma rápida introdução às leis de popularidade que dividem seus colegas. Sem querer, ela acaba no meio de um grupo de elite de estudantes apelidadas de “as poderosas” e a partir daí sua vida começa a mudar drasticamente.
É tão fácil se corromper, é tão simples se tornar aquilo que você mais abomina e é tão rápido o processo de ficar parecido com aquilo que mais te faz mal, que talvez você já tenha se tornado idêntico ao que você mais odeia no mundo e nem tenha percebido. Eu não sei se você já compreendeu como a vida funciona, mas não é de hoje que o mundo vende uma imagem distorcida da realidade, não é de hoje que pessoas ruins triunfam sobre pessoas boas e não é de hoje que esse tipo de pessoa tenta te influenciar a ser como elas.
No filme Meninas Malvadas, a Cady é só mais uma pessoa que está lutando para sobreviver ao ensino médio, afinal de contas, todos nós sabemos que o ensino médio é praticamente um ensaio para a vida real. Ela é uma menina legal, conversa com todo mundo, não tem um rótulo, ela é ela mesma e está tudo bem. De repente, ela começa a andar com as poderosas e é aí que as coisas começam a mudar. No começo ela tenta resistir as investidas de Regina para que ela se torne mais um robô de seu exército de súditos, mas ela acaba cedendo, e com a desculpa de que está infiltrada no mundo de Regina para contar todas as coisas idiotas que ela faz para sua amiga Janis, a doce Cady acaba entrando para o mundo das poderosa de vez.
Com o passar do tempo, nós obviamente percebemos que a Cady odeia a Regina, mas ela está tão obcecada pela ideia de ser a próxima poderosa, que não só está se transformando na Regina George, como também está fazendo as coisas horríveis que ela faz. A Cady odiava ser maltratada, mas estava maltratando. Ela odiava ser diminuída, mas estava diminuindo. Ela odiava o fato de a Regina humilhar os próprios amigos, mas acaba fazendo a mesma coisa com os amigos dela, Janis e Damian.
Tá, mas onde eu quero chegar com essa história toda que você já conhece? Eu quero te alertar sobre o quanto nós somos influenciáveis. Todo mundo já conheceu alguém aparentemente poderoso, seja na escola, na faculdade ou até no trabalho. Essas pessoas estão espalhadas por todos os lugares e é preciso coragem para enfrentá-las e mais coragem ainda para não ceder a tentação de se tornar como elas. As pessoas com a “síndrome da Regina George” geralmente são muito persuasivas, confiantes e maldosas. Elas são populares e conseguem subir no degrau mais alto, pisando nas outras pessoas, obviamente.
Você odeia esse tipo de gente e você odeia se sentir pequeno perto delas, mas com o passar do tempo, por mais que você não goste de pessoas assim, você corre o sério risco de se tornar como elas. Por que? Por que cedemos a tentação de ser como as pessoas que mais nos fazem mal? Porque nós queremos o poder que elas têm, porque nós queremos ser populares como elas são e porque todos nós somos influenciáveis. Com a evolução da internet isso piorou, todos os dias nós temos que lidar com todo tipo de Regina George no Instagram, mostrando o quanto é legal ser poderosa. Virou uma epidemia, uma epidemia de Reginas George espalhando suas filosofias de vida por aí, filosofias mentirosas, com o único intuito de atrair mais robôs para o seu exército de súditos.
Abra os olhos, não confie demasiadamente em pessoas que aparecem do nada com discursos mirabolantes. O mundo está cheio de pessoas “poderosas” procurando por seguidores, nada mais. Lute para não ser influenciado por pessoas más, acorde desse sono que te faz sonhar com uma vida que você nem quer ter. Seja você mesmo, com suas próprias crenças e filosofias, seja autentico e ousado, siga seu próprio caminho. Com o tempo você perceberá que não vale a pena se transformar em uma pessoa ruim só porque está na moda ser ruim, você notará que poder nenhum compra a sua paz e que viver dessa forma, não é viver, é apenas encenar para o mundo uma boa vida que na verdade não existe.
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Confira o trailer do filme Meninas Malvadas:
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