A vida invisível de Addie LaRue | Valeu o hype?

A vida invisível de Addie LaRue

Eu gostaria muito de dizer que A vida invisível de Addie LaRue foi o melhor livro que eu já li na minha vida, mas eu estaria mentindo descaradamente se eu dissesse isso. O livro não chegou nem perto de ser favoritado por mim, o que é muito triste, porque eu realmente achei que seria a leitura do ano.

A história, inicialmente, parece ser muito interessante, a escrita é muito intensa, a gente sente o que a Adeline está sentindo. Mas com 30% de leitura feita, eu já não estava aguentando mais ler tantos capítulos repetidos, isso porque a história da Adeline é repetitiva e sem nenhum pingo de emoção.

Quando eu descobri que o pacto que ela fez tinha como consequência o esquecimento, a invisibilidade dela no mundo, eu fiquei muito empolgada, porque eu achei que o livro seria cheio de pensamentos filosóficos sobre a solidão, mas o livro, em nenhum momento, fala sobre isso. Apesar dela viver sozinha no mundo, a autora não explorou a solidão que ela sentia, pelo contrário, a autora preferiu explorar a Adeline conhecendo homens noite após noite, e dormindo com eles noite após noite, apenas para ser esquecida na manhã seguinte.

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A vida invisível de Addie LaRue

É como se o livro só girasse em torno disso, sexo durante a noite e esquecimento durante o dia. Como se só existisse esse ponto para ser discutido em uma realidade aonde a personagem vive por mais de trezentos anos. Eu sei que ela era invisível e que seria muito difícil escrever uma história para ela em cima disso, mas o Henry foi uma oportunidade perfeita para virar a história de cabeça para baixo, mas ele é tão chato quanto a Adeline e a presença dele no livro não faz diferença nenhuma, porque nem química eles conseguem ter. (Sobre o quanto o vilão é um bunda mole, vamos deixar baixo.)

Eu queria muito ter favoritado esse livro, porque ele tem algumas frases maravilhosas que fazem a gente refletir sobre a vida, mas a história é muito arrastada, sem emoção, não tem um ponto crucial e não explora de forma alguma os trezentos anos que a Adeline viveu.

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